terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poema fácil em linguagem difícil

1 domingo em cx

e o sol a expreitar pla janela

pernax exticadax

braxox cruzadox mimando a cabexa

1 cigarro vai-s gaxtando

beija ox lábiox

e a volúpia do fumo

excapa pela frexta

A gata excuta os gritux da rua

e lambe-me ox dedux

é 1 domingo em cx

minimalixta

trivial

cm qq bom momento...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Fim da linha

No fim da linha estica-se um pensamento,
dobra-se uma reivindicação.
No fim da linha acaba uma opinião,
retalia-se uma crítica,
contorna-se um momento.

Entorna-se um pedaço de emoção,
extravasa uma pinga de fúria.

No fim da linha nasce e volta a nascer
um universo retocado,
pinta-se um esboço
emenda-se um rascunho.

No fim da linha acorda alguém
não se mente a ninguém:
o escriba é um finge-dor-
põe o ponto final quando calha
uma virgula também
como fénix renasce no tremor das folhas.

Natura

Amarelo como Sol -
acorda pela manhã quente de Verão.
Amarelo Lua-
observa cada estação.

Vermelho com fatiota de maça
e faces sardentas de melancia.
Vermelho papoila escorrendo nas veias
segredando ao coração.

Branco nuvem de algodão.

Azul céu quente reflectido no mar límpido de um olhar.

Verde como copa de árvore de floresta germânica
num labiríntico piscar de olhos.
Verde como pezinhos de flores calçando raízes.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

1-9

1 luz que ofusca
2 candeeiros ligados
3 cigarros acesos
4 tipos sentados
5 pensamentos
6 já ultrapassados
7 noites em claro
8 dias às escuras
9 corpos marcados

O Som das Letras

O som das letras é como o barulho das luzes.
Não se vê, nem se ouve...

Sente-se...