Sem outonos ou invernos
o mundo não faz sentido:
sempre castanho, sempre ameno,
nem tudo é branco, nem tudo é frio.
Com um calorzinho a mais
convidando à paixão
a um invernante destino
a uma outunante escanção
Porque a vida é rodopiante
e os tempos celeres
e a crise aperta
e o mundo irrompe
e a guerra alimenta-se
e a esperança vive
e o desejo é forte
e a mudança assiste...
Sem uma pitada de cor
de que serve ter visão?
Sem uma ponta de frio
de que serve o cobertor?
Nesta rima antiga
assim, tão estilizada,
canto a Primavera da vida
canto a sua chegada!
sábado, 21 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
deja vu
Rodopia na palma da mão
como se já conhecesse
o aroma dessa existência
num momento só
as cores de um retrato
antigo e desbotado.
Já viu, respirou, sentiu,
este lugar, labirinto,
que acende a memória
e queima a preto e branco
a lembrança
em lume brando
num piscar de olhar.
Momento duplicado
revisitado, a dobrar,
enchendo o espírito
e voltando a vazar
como lua e maré
brincando... amantes eternos
de um olhar.
como se já conhecesse
o aroma dessa existência
num momento só
as cores de um retrato
antigo e desbotado.
Já viu, respirou, sentiu,
este lugar, labirinto,
que acende a memória
e queima a preto e branco
a lembrança
em lume brando
num piscar de olhar.
Momento duplicado
revisitado, a dobrar,
enchendo o espírito
e voltando a vazar
como lua e maré
brincando... amantes eternos
de um olhar.
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