Pneus de bicicleta rolam
no negro, pelo asfalto perdidas.
No selim o cansaço levam
no guiador uns calos sem vida,
Levam as mágoas das mágoas,
o aperto da alma sentado,
nos raios as perdas divididas,
no chão o olhar calcado.
Se rápido fosse o deslizar
da profunda trama da tristeza
na calçada turva desaparecer
como quem vive a procurar
o que de noite faz sonhos crescer
e de dia traz a pureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário