que nascíamos aos gritos
e depois nos calam,
que nascemos sem pátria, sem língua
mas nos adoptam
nas que temos a sorte ou o azar de nascer.
Nascemos sem nada
e vamos perdendo tudo.
(conquistas vãs na saga da Felicidade)
Nascemos pequenos e pequenos vamos ficar
(somos tão pequenos)
Eterno niilismo na ilusão do Ter...
Não sabia...
quarta-feira, 26 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
MULHERES
Ísis, guardiã alada dos mortos,
mãe do universo;
Neit, andrógina,
dois terços homem
um terço mulher,
criou o mundo com sete palavras.
Meresanq, guardiã das escrituras,
do conhecimento...
Cleópatra, rainha,
encarnação de Ísis,
fecundo Nilo...
No antigo Egipto éramos amadas,
que aconteceu depois?
mãe do universo;
Neit, andrógina,
dois terços homem
um terço mulher,
criou o mundo com sete palavras.
Meresanq, guardiã das escrituras,
do conhecimento...
Cleópatra, rainha,
encarnação de Ísis,
fecundo Nilo...
No antigo Egipto éramos amadas,
que aconteceu depois?
terça-feira, 4 de março de 2008
Existência Virtual
Nos recantos das letras de 1 blogue
escondem-se rostos, olhares, mundos...
Calcorreando bits e bytes
escorrem pergaminhos elípticos
de saudade de outros suportes.
Foi-se o Gutenberg,
a cada delete , copy, cut, paste
asfixiado por tanto click, enter, caps lock, insert...
Até nesta caixa
transbordante de hard e software existe um home e um end.
escondem-se rostos, olhares, mundos...
Calcorreando bits e bytes
escorrem pergaminhos elípticos
de saudade de outros suportes.
Foi-se o Gutenberg,
a cada delete , copy, cut, paste
asfixiado por tanto click, enter, caps lock, insert...
Até nesta caixa
transbordante de hard e software existe um home e um end.
Nunca foi
Nunca foi nem quis ser
o rio que corre sem se perder...
Nunca teve nem quis ter
um mar deserto a entardecer...
Nunca viu, mas quis ver
um mundo encantado
de fadas,
cavalos alados,
duendes verdes,
dragões,
almofadas de veludo,
janelas redondas,
dragões
e ogres
e trolls
e bruxos
com príncipes e princesas
...
...
Não conheceu, mas quis conhecer
o Borges, o Marquez, o Mia, o Andersen
e os irmãos Grimm...
Não escreveu , mas quis escrever
um épico, uma trovadoresca, um soneto...
O Herberto, o Al berto, a Sophia...
personagens das horas vagas dos sonhos...
figurantes a tempo inteiro...
o rio que corre sem se perder...
Nunca teve nem quis ter
um mar deserto a entardecer...
Nunca viu, mas quis ver
um mundo encantado
de fadas,
cavalos alados,
duendes verdes,
dragões,
almofadas de veludo,
janelas redondas,
dragões
e ogres
e trolls
e bruxos
com príncipes e princesas
...
...
Não conheceu, mas quis conhecer
o Borges, o Marquez, o Mia, o Andersen
e os irmãos Grimm...
Não escreveu , mas quis escrever
um épico, uma trovadoresca, um soneto...
O Herberto, o Al berto, a Sophia...
personagens das horas vagas dos sonhos...
figurantes a tempo inteiro...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Rápido deslizar
Pneus de bicicleta rolam
no negro, pelo asfalto perdidas.
No selim o cansaço levam
no guiador uns calos sem vida,
Levam as mágoas das mágoas,
o aperto da alma sentado,
nos raios as perdas divididas,
no chão o olhar calcado.
Se rápido fosse o deslizar
da profunda trama da tristeza
na calçada turva desaparecer
como quem vive a procurar
o que de noite faz sonhos crescer
e de dia traz a pureza.
no negro, pelo asfalto perdidas.
No selim o cansaço levam
no guiador uns calos sem vida,
Levam as mágoas das mágoas,
o aperto da alma sentado,
nos raios as perdas divididas,
no chão o olhar calcado.
Se rápido fosse o deslizar
da profunda trama da tristeza
na calçada turva desaparecer
como quem vive a procurar
o que de noite faz sonhos crescer
e de dia traz a pureza.
Silêncio
Escutava todos os sulcos faciais,
fixava o olhar nos pensamentos.
Nas mudanças de humor
reinava a desordem,
o Caos de um universo.
No final falava em silêncio
ensurdecia seu par
dizia calando-se
pronunciava uma curvatura no olhar.
Respondia-lhe com um esgar de boca
devolvia-lhe um arredondar de sobrolho
afirmava com olhar esguelho
uma dúvida remota...
E assim falavam, diziam, trocavam
tanto, tanto, tanto...
fixava o olhar nos pensamentos.
Nas mudanças de humor
reinava a desordem,
o Caos de um universo.
No final falava em silêncio
ensurdecia seu par
dizia calando-se
pronunciava uma curvatura no olhar.
Respondia-lhe com um esgar de boca
devolvia-lhe um arredondar de sobrolho
afirmava com olhar esguelho
uma dúvida remota...
E assim falavam, diziam, trocavam
tanto, tanto, tanto...
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Outros Tempos
A nostalgia de outros tempos
Num pulsar antigo de sentir.
E nunca se esgotar essa Saudade...
Viver um Presente
em corda bamba
sempre prestes a cair
no fosso da rede do passado.
Pisar um sítio do Antigamente
como quem engole toda a vida.
cheirar como quem inspira
um século inteiro...
Ter fôlego para uma última canção
com o vigor encantado d'outros tempos.
Levantar o punho, bater na mesa
e com a mesma garra
ecoar a fúria de uma outra vida.
Num pulsar antigo de sentir.
E nunca se esgotar essa Saudade...
Viver um Presente
em corda bamba
sempre prestes a cair
no fosso da rede do passado.
Pisar um sítio do Antigamente
como quem engole toda a vida.
cheirar como quem inspira
um século inteiro...
Ter fôlego para uma última canção
com o vigor encantado d'outros tempos.
Levantar o punho, bater na mesa
e com a mesma garra
ecoar a fúria de uma outra vida.
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